As análises de gênero e de sexualidade dentro da ciência geo-gráfica se dão a partir de uma correlação de espacialidades. A princípio, os estudos dessas questões dentro da Geografia se deram pela chamada Geografia Feminista. Esta volta a incorporar contribuições feministas para entender as diferentes geograficidades. Se diferencia da Geografia de Gênero, que envolve análises socioespaciais, modo de expressar os resultados das contribuições feministas. Lembrando ainda que o gênero não se restringe apenas às pessoas cisgêneros, mas também às transgêneros, independente de suas sexualidades.
Em geral estuda-se a sociedade como homogênea e assexuada. Porém há uma relação direta com os fatores sociais que estão ligados aos diferentes sexos e seus comportamentos dentro do espaço, principalmente urbano, geralmente submetido pela própria sociedade, como é o caso das travestis. O que nos leva a pensar sobre Geografia ligada à questão de sexualidade, que se encaixa no mesmo âmbito de gêneros, pois os diferentes comportamentos sexuais vão se dar dentro desse mesmo espaço coabitado por inúmeras pessoas de diferentes sexualidades, mas que se correlacionam. Com isso, é possível perceber que estudos de geografia e sexualidade principalmente envolvidos com suas territorialidades, que nada mais são do que a ordenação vinda através de relações de poder, o que faz com que a questão homossexual e principalmente o estudo sobre as travestis se mostrem tão ligados às temáticas geográficas.
Por fim pode-se caracterizar um estudo único sobre a relação de geografia de gênero e sexualidade, pois são expressas nos diferentes indivíduos e em suas geograficidades cotidianas.
Wellington Souza Silva é graduando do curso de Geografia.