No dia 16/05 a Coordenação da comissão Pró AGB ABC foi convidada a compor a mesa da Audiência Pública “EM DEFESA DAS CIÊNCIAS HUMANAS – A IMPORTÂNCIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS NOS CURRÍCULOS DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL”, realizada no auditório Tiradentes da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. A iniciativa partiu de um conjunto de entidades correlatas da área de humanas, com o objetivo central de debater alternativas de mobilização contra a Lei 13.415/17, além das atribuições envolvendo a BNCC – Base Nacional Comum Curricular.
Da Coordenação da Pró AGB ABC, Cláudio Zamboni ficou destacado para representar o coletivo na Mesa. Entre as entidades que estiveram presentes e também fizeram exposições na ocasião da Audiência Pública foram: Chico Gretter – APROFFESP, Aldo Santos – APROFFIB, Antônio Simplício de Almeida Neto – ANPUH-SP, André Olobardi – ICHS, Ricardo Antunes de Abreu – Professor na prefeitura de Guarulhos e Diretor Sindicato dos Sociólogos, Cristiane Gandolfi – SINPRO-ABC, Cláudio Zamboni – Geógrafo – AGB/ABC, Vitor Henrique Paro- Professor USP
João Palma – FEESP, Dep. Estadual Carlos Giannazi – PSOL/SP, Mediação da mesa: Ocimar Freitas – Diretor da APROFFESP.
Síntese das falas:
O avanço conservador que vem impondo-se no Brasil, materializado no golpe que ascendeu Michel Temer ao poder central ainda está em curso, na medida em que vem retirando direitos dos trabalhadores, além de tentar implantar o fim da aposentadoria e legalizar a terceirização em todas as áreas. O mesmo governo ilegítimo congelou investimentos nas áreas sociais, e vem desmontando sistematicamente a educação, com redução de verbas e alterações curriculares, sob a forma de uma falsa reforma do ensino médio. Todas essas ações derivam da necessidade de fazer com que a população pobre pague pela crise de grandes proporções que o capitalismo sofre mundo afora.
A educação ocupa preocupação central deste governo, na medida em que importantes áreas do conhecimento, na área de humanas como História, Sociologia, Educação Física e Artística, Psicologia, Geografia, entre outras, sofrem um duro golpe, com a desobrigação nos currículos de ensino médio. É um tentativa de desempoderar a população menos favorecida de mecanismo para a sua libertação e ascensão social. Não por acaso, o ataque é desferido às disciplinas que mais contribuem para o senso crítico dos educandos. Na questão econômica busca-se despender menos recursos na educação de maneira geral, especialmente do ensino médio, para que haja maior volume de divisas para serem passadas ao mercado financeiro e ao religioso pagamento da dívida pública “imoral” que consome a maior parte do orçamento federal.
As entidades, presente na Audiência Pública, entendem que o momento é de organização e de resistência da luta por uma educação pública, gratuita, universal e de qualidade. Que os ataques do governo ilegítimo não irão parar, ma medida em que a reforma do ensino médio e a Lei 13.415/17 dilacera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, abrindo margem para que os estados tornem a educação preocupação secundária em suas agendas. Para que os recursos não cheguem até as escolas e a requalificação dos salários dos docentes.